O sharenting, a prática de compartilhar fotos, vídeos e informações sobre filhos nas redes sociais, cresce a cada dia. A combinação de share (compartilhar) e parenting (parentalidade) define um comportamento comum entre pais que, muitas vezes sem intenção, expõem excessivamente a vida de crianças na internet. Segundo o Dr. Jonatas Lucena, advogado especialista em Direito Digital, essa exposição descontrolada traz riscos sérios à privacidade, à segurança e ao futuro dos menores.
Por que o sharenting se tornou tão comum?
Com a expansão das redes sociais, tornou-se simples registrar e divulgar momentos do cotidiano. Além disso, o hábito de compartilhar cada passo das crianças ganhou espaço por gerar interação, elogios e aprovação social. Entretanto, essa facilidade pode iludir os pais, levando-os a acreditar que o ambiente digital é seguro, o que não corresponde à realidade.
Riscos do sharenting para crianças e adolescentes
O Dr. Jonatas Lucena alerta que os riscos do sharenting vão muito além do excesso de fotos. Quando informações sensíveis são expostas, diversos problemas podem surgir.
1. Roubo de identidade infantil
Criminosos utilizam dados de crianças, como nome, idade, uniforme escolar e até localização, para criar identidades falsas. Como menores não costumam usar CPF para crédito ou compras, o golpe pode permanecer oculto por anos. Portanto, evitar esse tipo de exposição é essencial.
2. Falta de privacidade
Quando pais divulgam detalhes constantes da rotina dos filhos, reduzem a capacidade da criança de controlar sua própria imagem no futuro. Além disso, perfis abertos atraem desconhecidos e aumentam o risco de perseguição (stalking).
3. Uso indevido de fotos e vídeos
Outro risco grave do sharenting envolve o uso de fotos fora do contexto original. Isso acontece quando imagens aparentemente inocentes são copiadas, manipuladas e distribuídas em sites ilegais. Infelizmente, esse tipo de crime cresce rapidamente. Por isso, é fundamental redobrar a atenção.
Como reduzir os riscos causados pelo sharenting
Mesmo que compartilhar momentos especiais pareça inofensivo, algumas práticas ajudam a proteger a privacidade das crianças:
- Publique apenas quando necessário, evitando fotos diárias;
- Oculte uniforme escolar, nome completo, localização e rotina;
- Configure todas as redes sociais como privadas;
- Remova metadados das imagens sempre que possível;
- Peça opinião da criança quando ela tiver idade para entender a exposição;
- Supervise o uso de internet pelos menores.
Além disso, revise aplicativos que acessam galeria, câmera e localização. Pequenos cuidados diminuem riscos e evitam problemas futuros.
Quando procurar ajuda profissional
Se fotos ou informações da criança forem utilizadas de forma indevida, é importante agir rapidamente. Conforme explica o Dr. Jonatas Lucena, o apoio de um advogado especialista em Direito Digital permite solicitar remoção de conteúdo, identificar autores das violações e iniciar medidas legais para proteger o menor.
A internet pode ser um ambiente seguro, desde que o uso seja consciente. Portanto, repense cada postagem e priorize sempre o bem-estar das crianças e adolescentes.
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